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Convivendo bem com os Pais

São muitos os desafios que enfrentamos no relacionamento com nossos pais e mães ao longo de nossas vidas. Com reflexão e muita gratidão podemos praticar o respeito e o amor filial.

Família passeando na praia

Os conflitos de gerações são muito comuns em nossos relacionamentos. Quando não concordamos com as opiniões e visão de mundo de nossos pais, tios, avós e outros familiares, a diferença de idade e de expectativas com relação à vida são alguns aspectos que podem impedir a convivência saudável.

Porém, ao longo dos anos vamos acumulando aprendizados e, quando desenvolvemos um coração de tolerância e respeito, esses conflitos podem ser apaziguados. Neste texto falamos um pouco sobre como nosso relacionamento com nossos pais é modificado ao longo da vida e quais atitudes podem melhorar essa convivência em família!

Nascimento e infância: descobrindo o mundo

Desde o momento do nascimento estamos profundamente ligados à nossa família. Muitas situações podem ter acontecido entre homem e mulher até tomarem a decisão de se tornarem pai e a mãe. Ao longo da gestação, o envolvimento emocional, as dificuldades e a dedicação para que aquele filho venha ao mundo exigem muito esforço e sacrifício dos pais, por isso, muitas vezes a presença e o auxílio de avós e tios também é importante.

Nos primeiros anos de vida, geralmente ao conhecer nossos vizinhos e colegas de escola, vamos percebendo que outras famílias são diferentes da nossa, sej em questão estéticas, financeiras ou de comportamento. Nesse momento despertamos o coração de comparação, muitas vezes acompanhado de queixas e reclamações. Ou não somos tão bonitos, tão ricos, tão inteligentes quanto outras crianças, ou não gostamos da cidade, da casa ou do colégio. Esse momento faz parte do crescimento, mas pode gerar cobrança e tristeza.

Adolescência e conflito: descobrindo as diferenças

Quando a personalidade individual os desejos de independência falam mais alto, os conflitos tendem a ficar ainda mais acentuados, principalmente na adolescência. Os jovens precisam de espaço para criarem uma personalidade própria e geralmente afirmam sua individualidade nas discussões com os pais. Nesse momento, valorizar o diálogo é fundamental para desenvolver uma compreensão do coração do outro, tanto para pais quanto para filhos, nunca recorrendo a comparações.

Se carregamos mágoas e ressentimentos, geralmente frutos de discussões, xingamentos, omissões ou até mesmo violência verbal ou física, nossa relação vai ficando amarga e qualquer mínimo problema pode virar uma discussão, um conflito ou até mesmo um rompimento. Fortalecer as amizades, o vínculo entre os irmãos e com os primos pode ajudar a dissolver nós e impedimentos. Quando não há diálogo, alguns conflitos se instalam em nosso inconsciente, gerando reações exageradas, afastamento e a reprodução de padrões de comportamento agressivos. O mais importante é respeitar o pai, a mãe e também que os pais respeitem o filho, dando apoio quando necessário.

Maturidade e perdão: descobrindo o amor filial

Muitas vezes só conseguimos superar essas dificuldades enfrentadas ao longo de toda uma vida com a ajuda da terapia, auxílio de grupos de amizades e com uma profunda reflexão. Quanto antes esse aprofundamento acontecer, melhor. O primeiro e principal sentimento que devemos desenvolver e fortalecer é o da gratidão, independentemente do que aconteceu. Reconhecer que os pais não são perfeitos e fizeram o melhor que poderiam naquele momento é um alívio necessário e uma abertura ao perdão.

O segundo passo deve ser o perdão amoroso e a conexão para fora dos rótulos. Enxergar nosso pai e nossa mãe como homens e mulheres que também são frágeis e passam por problemas, nos ajuda e criar laços mais verdadeiros e menos carentes afetivamente. Olhar nossos pais além dos rótulos permite reconhecer que todos temos desejos, dificuldades, tristezas e alegrias.

Com esse coração mais leve e ampliado, podemos passar para a prática da cortesia e do coração de servir aos pais. Com pequenos ou grandes gestos, temos o dever de retribuir os sacrifícios que foram feitos, da nossa maneira, no nosso tempo e de acordo também com as nossas possibilidades. Quando conseguimos olhar nos olhos uns dos outros com profundo respeito e gratidão, estaremos praticando o amor filial.

Faça uma reflexão sobre sua trajetória de vida e o relacionamento com seus pais. Acolha e perdoe o que já passou. Modifique o que ainda pode ser consertado. Pratique o amor com palavras e atitudes. Nossa família é um grande tesouro que nos foi oferecido e reconhecer isso é reconhecer a obra sagrada do universo.

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